Pesquisar este blog

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Run in the front



Não adianta tentar fugir das lembranças. Você pode se desfazer de contatos, objetos, cartas, fotos, mas as lembranças sempre estarão ali e fugir delas não é a resposta. Eu prefiro estacar a ferida. Prefiro que doa lá no fundo, até chegar na minha alma. Prefiro escutar as músicas mais intensas, daquelas que falam o que a  gente nem sabia que tinha pra dizer. Prefiro olhar suas fotos com um choro sincero de saudade, vestir a camiseta que ainda tem o seu perfume pra dormir tranquila. Claro que não é saudável viver de passado ou remoer lembranças por um longo tempo. Mas preciso que doa, pra depois sarar. Há machucados que apodrecem se não forem definidamente tratados e eu não quero correr o risco de amputar um membro.
Gravo um CD só de músicas de fossa, vou à lugares que fomos juntos. Só pra bater aquela nostalgia. Em breve (ou não tão breve assim), aquela ferida profunda vai virar uma casquinha, e logo após será uma cicatriz, meio que pra te lembrar de onde você esteve antes. Quem sabe um dia vire um troféu.

E essa saudade vai virar uma lembrança boa, enfim.

Tenho fé que sim.



Nenhum comentário:

Postar um comentário